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As dores da mãe que empreende

Vimos a série “Minha história” da Michelle Obama e queremos trazer uma frase dela para a reflexão nesse texto que fala sobre a maternidade e o empreendedorismo. Para contextualizar, Michele (olha a intimidade) é uma advogada bem sucedida que contratou um estagiário que se chamava Barack Obama, é isso, minha gente. O cara foi estagiário dela antes de ser Presidente dos Estados Unidos da América. Tá, o que ela diz que pode ser útil pra nós aqui? Em um dado momento, explicando porque adiou o lançamento de seu livro, ela diz: “Se eu tivesse lançado quando ele era Presidente seria apenas o lançamento do livro da mulher do presidente. Adiei meus planos por 8 anos para que esse momento aqui pudesse ser vivido por mim, para mim.”

Uma pausa para o suspiro….

Pronto, seguimos com o pensamento.

Quantas vezes você, mãe empreendedora, teve que adiar uma postagem porque teve voz de criança ao fundo? Quantas lives de capacitação você perdeu porque elas eram exclusivas e não ficariam gravadas? Quantas vezes você teve uma ideia sensacional mas teve que reduzi-la a um storie que flopou porque seu filho ficou doente? Quantas noites você passou acordada com um bebê no colo jurando que amanhã seria diferente e, no dia seguinte, se sentiu absolutamente sozinha e incapaz de mudar?

Então, a frase da Michele nos faz refletir. Nos ajuda a pensar que adiar nossos planos, enquanto nossos filhos ainda precisam muito de nós, faz parte do jogo. E que nossas dificuldades vão além da falta de crédito, da necessidades de políticas publicas para o empreendedorismo feminino, de programas do governo que incentivem nossas iniciativas.

Nossas dores moram dentro de nós, estão conectadas ao fato de queremos trabalhar em alta performance nos comparando com quem não tem a mesma realidade que nós. Nossas dores moram em saber que um dia fomos mais rápidas, mais intensas, mais ativas. Que nosso sono estava em dia pra que nossa cabeça estivesse a nosso favor.

Ei, mãe empreendedora, deixa a gente te contar? Talvez o seu maior projeto profissional ainda esteja por vir e, talvez, ele dependa exatamente desse momento que você está vivendo pra ficar ainda mais forte.

Esquece a frase “não dou conta”, troca por “eu fiz o que fiz”. Afinal, o que é “dar conta”? Baixa sua régua, acolha suas mudanças de prioridades, perceba as novas habilidades que você adquiriu a partir da chegada do seu rebento. Se permita dormir, acordar, sentir e viver. É difícil pra caramba no começo, parece que não vai ter fim, que toda a bagunça e confusão mental vai determinar sua vida de agora em diante, mas vai chegar a hora certa de fazer por você, para você.

Precisa de algo? Escreve pra gente, vamos juntas!

Este post tem um comentário

  1. Liana Pinheiro

    Precisamos acolher nossa realidade e fazer o melhor possível com o que temos. Ser uma profissional de alta performance e mãe ao mesmo tempo é um trabalho árduo e requer ajuda, por tanto monte sua rede de apoio e mãos à obra!

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